sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pequena antologia minha

Poesias minhas, assinadas pelo pseudônimo de: Pedro Alexandre Maurício.


Cale-se a minha alma!
Não grite por causa impossível,
Não se revire em mim.
Não me peça conselhos nem decisões.
Temos estado assim pra sempre.
Tremo só de olhar tais olhos castanhos
Olhos que não vejo muito
Queria vê-los mais
Mais e mais.
Até que de tanto olhá-los
Virassem só olhos.
Como deve ser.


Ah, Marinha.
Porque fostes tão cruel?
Me levou o que eu nunca tive.
Me tirou os olhos que nunca me olharam.
Me roubou o sorriso que nunca me foi dado.

Ah, Marinha.
Há tanto que te odeio.
Que te quero mal.
Que te culpo e te considero besta.
Mas de você tiro uma culpa
Que te dei e que você não tem.
Pois como pode ir embora
Aquele que nunca esteve?
Você só cumpriu mais uma de suas normas.
Eu é que sonhei de mais.

Mosca de padaria

Ó, mosquinha, que me ronda o sonho.
Olhe para mim e veja,
Note meu comportamento
Quando te vejo; raridade, mas te vejo.
Se é de padaria,
Bom seria, ser o creme ou o doce de leite,
Que teus sonhos rechearia.
Mosca, mosca de padaria.

Como me chamo?!
Lhe é engraçado, não é?
É que assim fica mais fácil pra você.


Se a vida fosse novela,
Eu seria um monte de bosta,
E isso seria bom de mais.

Pedro Alexandre Maurício

2 comentários:

Nyca Cardia. disse...

Gostei das poesias!!
Em especial, a da mosca de padaria...
muito legal mesmo o seu blog!!
=]

Suzane Morais disse...

Oie!!!
Um poeta uma vez disse: "Sob a pele das palavras há cifras e códigos", elas estão lá esperando que alguém com sensibilidade o suficiente as descubra, as desvende. Elas te perguntaram "Trouxeste a chave" (Drummond) e você Guilherme (Pedro Alexandre Maurício) com certeza trouxe nesses poemas.
Gostei muito mesmo, um beijão!!