quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lá se vai um outro Dom


De Moinhos de Ventos se fazem dragões. Do nada se faz o tudo e outra vez. Do tudo fez-se o nada e mais um pouco. Um além e alguma despedida. Café que dói no peito, tão amargo. Voz calada e seca já não diz. Preso na garganta há um bolo. Um drama; uma esperança codorniz.

Querendo ver moinho tão gigante. Os passos do Quixote que se quis, bem mais, bem muito mais e já não diz. Calado agora vê suas palavras pregadas num papel de tinta e giz. A força que continha em ser quem era, ruiu ao som do rock em tarde griz.

Austero e poderoso decidiu. A hora de a irmã vir dar as mãos. Ao além, suas aventuras, o quanto mais. De palavras que o espelho repetiu. Avante mais avante e além, o céu é o limete que se vê. Mas, eis portas abertas e avante. O céu que já rompido recebeu; Quixote com sua valsa dos moinhos, dragões que ninguém mais reconheceu. Feliz, Quixote. Tanto saltitante. Saltou em sua valsa certeira. Adeus disse ao mundo e às amantes e àquela a quem, um tanto, compreendeu.

Moeda de dois lados, do Quixote. Teatro. Drama. Show. E carmesim. Os braços feito asas tão voante, o rápido e curto voô codorniz. Romantismo e Quixote foi avante. Às letras das palavras que já leu. Gigantes levantaram-se entre sombras. Moinhos subjugam o herói.

Quixote disse aloha, lá vou eu. Jazente, já não mais me espere ver. Talvez lá no além, outra morada. Naquela que tanto desafiei.