sábado, 17 de maio de 2008

As quatro estações da alma




No blog de Vinícius, encontrei um texto que me fez retomar um antigo pensamento que eu tinha e que deixei na gaveta, esquecido, junto com um certo livro, fotos de um segundo nascimento, cd's daquela cantara que volta e meia cito e camisas adiquiridas em encontros aqui e ali.

Quando estamos curtindo as alegrias e as festas do verão, não prestamos muita atenção nas coisas em volta da gente. Tudo o que notamos é o Sol e as pessoas douradas que vemos pelo caminho. É nestes dias de “beber água” que nos vem chegando um ventinho ameno. Um céu avermelhado nos estonteia e não percebemos que cada dia vai ficando mais frio. Devagarzinho, de maneira muito sutil, o frio do outono vai se fazendo presente e cada vez mais forte. E nós, tão preocupados em colher frutos, nem percebemos as mazelas que virão. No começo é legal, mas depois tudo vai ficando mais frio. Outono, sutil estação que introduz o frio.

Os ventos vão ficando mais gelados, tão gelados que não podemos suportar. Casacos, luvas e cachecóis! Frio! Ausência de calor. O outono se vai, dando boas vindas ao inverno, que vem sem piedade. Suas negras nuvens escondem-nos o Sol, roubando-nos a luz. As árvores estão mortas, as flores caídas. Neblina. Noites que vêm mais cedo, gente escondida dentro de casa. Mares de ressaca. Frio! Gelo. Neve. A neve domina tudo. Os rios congelam. Achamos que não vamos suportar. O frio é intenso, desesperador. Nossa alma se aflige, nos desesperamos e choramos.

De repente as nuvens vão ficando menos densas e percebemos um dourado raio a atravessá-las. Esse raio, deita sobre a árvore morta, e de um de seus galhos uma folha verde começa a nascer. A neves derrete. O rio vai ganhando seu movimento de volta. As nuvens se desfazem por completo! O Sol volta a reinar impetuoso e quente. Forte, grande rei. Astro Rei. Dando-nos sua luz, seu calor. Não mais luvas, não mais casacos, não mais cachecóis. Primavera chegando, com todas as sua flores. Colorindo o preto e branco invernal. Reinando como esperança.

O sol permanece, se faz ainda forte! O verão retorna às nossas vidas. Praia, sol, festa. Calor. Rio 40º! Tudo em paz, calmo. Hiperbórios! Mas logo chegará o outono. Esta é a vida! Um grande vale. Montanhas e depressões (geográficas)! Sempre será assim!

Vinícius, feliz aniversário pra ti, meu mais novo amEgo!

P.s.: Desculpe, mas naum pude me furtar o imenso prazer de representar as estações com essas fotos que acompanharam minha adolescência e continuariam acomapnhando minha vida toda se não tivessem se separado. Sandy e Junior: tah aí o meu ponto fraco. Calcanhar de Aquiles! Aff "P.s." grande, né?!

sábado, 10 de maio de 2008

Cordas e caçambas


Se jogamos a caçamba, a corda vai atrás. Lei natural, é claro. A caçamba se enche d'água e com a corda a puxamos de volta. Existe uma camada de algodão. Ainda existe. Aos trancos. Existe. Quando queimamos o que não se deve, quando usamos o que não se deve, jogamos onde não se deve, causamos problemas a essa tal camada formada de ozônio. Ela se abre, ferida. Processo simples: se bate e se machuca, tira sangue ou faz coagular, sendo o segundo ainda mais problemático. O que devia, então, proteger-nos dos raios ultravioletas, emitidos pelo Sol, vê-se incapacitado de exercer sua função. Matou-se Cristo, que queria salvar. Matou-se Socrates e Tiradentes que libertar queriam. Esburaca-se ozônio que quer proteger. Assassinatos de heróis. "Herocídios"?

Uma coisa leva a outra. As imbecilidades que fazemos causam um rombo onde não devia haver nenhum;
esse rombo permite com que os raios indesejosos, quando em excesso, nos atinjam e não só a nós como também às calotas polares, que por sua vez derretem. Onde enfiaremos tanta água? Ah, sim. Quão obtuso! Nas nossas casas, é claro. Nas nossa salas! Nos nossos carros! Nas nossas empresas! Nos nossos desodorantes a seco! Nos nossos narizes e pulmões. "Fim da odisséia humana na Terra".

Se o grande físico já nos dizia que pra "toda ação há um reação", não ignoremos esse ensino. Se batermos em alguém natural seria que apanhássemos em seguida, a menos que nos fosse dada a outra face. Mas a natureza já tem sido cristã por muito tempo. Agora ela deixou os princípio de Cristo e decidiu contra atacar, pagar na mesma moeda. "Olho por olho, dente por dente", assim dizia uma máxima do Antigo Testamento que é retomada nessa era por uma "mãe" cansada da ingratidão dos filhos. O Greenpeace já vem alertando, a WWF fazendo coro e uma galera mais de vozes em barítono, contralto, agudo, grave... Lá, dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. "Escarra nessa boca que te beija", as palavras de Augusto dos Anjos, que tanto intrigam quem as lê, resumem o que temos feito com quem só nos quer bem...

Aos olhos da natura, arranha-céus são os fortes, automóveis tanques de guerra, chaminés são canhões
a bombardear o céu. Armamento bélico, nisso os homens somos bons. São serras, balões, esgotos, energia elétrica, gaz carbônico... Um exército ainda mais poderoso que o israelense, o da natureza. Contra sua fúria não há nação que resista, haja a vista os tornados que destroem por aí. Exército "mui forte e poderoso em guerras".

Que guardemos os livros! Talvez não possamos transmitir séculos de evolução intelectual para os
próximos seres que vierem após nossa extinção. Se não morrermos destruídos pela resposta da natureza, morremos de fome. E quanto a isso, basta que se diga que é mais uma série de ciclos viciosos, onde uma coisa leva à outra e assim sucetivamente, num ciclo sem fim. Isso é ser humano. Isso é o ser humano. O ser desumano. É hora de desacelerar e desaquecer as turbinas. Ir às ruas pra que se estabeleça uma Revolução Desindustrial, até mesmo para que aqueles que conseguiram, pra sim, muito dinheiro, utilizando o que é de todos nós, tenham tempo e mundo para gastá-lo.

domingo, 4 de maio de 2008

Hairspray!


Palmas! Palmas e vivas! Filme fantástico, como há muito não vejo! Emoções semelhantes tive quando assisti “Uma linda mulher”, “A noviça rebelde”, “Moulin rouge”, “Rei Leão” e “O Diabo veste Prada”. Estou estasiado! Muito mais do que gente dançando e cantando.

Fala sobre uma coisa que eu já falei por aqui, aceitar o diferente! Uma garota gorda que alcança
o sonho de brilhar num programa de dança, quebrando os padrões e abrindo portas para o futuro. O filme se passa na década de 1960, mas sua mensagem é completamente voltada para os nossos dias. Não há mais padrões. Os moldes caíram por terra! A festa das diferenças deve ser louvada! Brancos e negros! Gordos e magros! Cada um como realmente é. “Não se pode impedir o presente...”

“Amanhã vai ser outro dia... A minha gente hoje anda falando de lado e olha
ndo pro chão...” Impossível não usar o mestre da luta contra a opressão, Chico Buarque de Holanda! Hoje, não há mais Hitler ou Stalin, salazarismo ou ditadura, mas há, ainda, repressão! Moda ditada. Ditadura da moda! Padrões instituídos, graças a Moisés. Que sejam derrubados, todos! Que sejam seguidos até. São um pouco importante, mas não como exemplo de única conduta louvável. Vida Nova! Chega de modelos magricelas! Chega de comercial de pasta de dente com gente branca! Chega de comercial de tintura pra cabelo com apresentadora brasileira dublando a própria voz! Chega de tudo isso que nos persegue! Quando vamos perceber que o “novo sempre vem”, como Elis cantava? Nossos conceitos fedem a mofo! Oswald de Andrade, Freud, Frederico Garcia Lorca, Madonna, Marcos Bagno, é no jato desse povo que eu quero viajar! Vanguarda já!

Dá até vontade de sair gritando pela rua: “Não se pode impedir o presente..” Aceitem o presente!Vivamos o novo! Recriemo-nos! Reinventemo-nos, né Madonna?! Somos cheios de vida. Deeuforia! De força! Por que você acha que a maioria dos personagens era composta por jovens?Porque fica mais bonito?! Não! Porque os jovens são fortes, cheios de vigor e tem a vida todapela frente. Segundo o apóstolo João, Deus escolheu os jovens por que estes são fortes! Fala dejovens de espírito! Não sejamos velhos e mau passados, nem amemos o passado! Pra quê ter saudade do obsoleto? Pra quê continuar vivendo o obsoleto? Se o obsoleto é obsoleto, deixemos ele de lado! E lembro da velha músiquinha das manhãs dominicais da infância: Nós somos jovens, jovens, jovens. Somos do exército. Do exército do céu.” Do céu, da terra, do ar, da montanha, do gueto, da rua Farme do Amoedo, de São Franciso, da Rocinha, da “Madame Formosa”, da balança lá em cima. Somos do exército das diferenças! Aceitemos o NOVO! Construamos o novo! Mudemos! “Não se pode impedir o presente...”, ele vem feito trem, feito avalanche, feito água. E nas palavras de Barbárvore: “Deixem o rio correr!”

Um filme fabuloso, encantador. Libertador a cima de tudo! Mas é necessário ser dotado de visão, tipo, terceiro olho para ver as maravilhas incutidas nessa obra de arte, comercial e alternativo ao mesmo tempo. Veja além do que aparece. Não seja inocente!

A marca de muitas lágrimas

 Desta vez, me coloco na berlinda, humanizo-me. Mostro minha alma. Não penso no coletivo, agora. Estou sendo liberal, pensando só em mim, não absolutamente: há uma segunda pessoa.

Minha mãe estava ouvindo um cd da Nana Cayme quando eu acordei e fiquei na sala,
sentado. E a Nana cantou: “Aconteceu um novo amor, que não podia acontecer...” Meus olhos encheram de lágrimas e meu coração se viu atormentado. Minha mente lembrou do algo que eu estava querendo evitar. Comigo não foi um “novo amor”, mas um outro velho, não vivido e que foi renovado. Estava adormecido e acordou, como urso na primavera. Olhos que se cruzaram num instante muito breve; e a saudade que há muito fora guardada fez-se amor de novo.

Os mesmos tremores, o coração acelerado, a cara de abobalhado e a euforia de um
adolescente de 12, 13, 14, 15 e 16 anos. Todos que amam ficam assim, ou, pelo menos, deveria ficar.

Um dia me chegou uma notícia muito cruel, uma transferência na empresa de seu pai
afastou de mim o amor de minha vida. Empresa desgraçada! E pior é que o mundo inteiro a conhece, meu avô era funcionário dela e primos meus se enveredaram por ela. Até eu já pensei nela. E eu, que sempre estive em silêncio, permaneci calado. Vi partir a minha alegria. Vi ir embora o meu Sol. O eu-lírico de “Ilusão” de Sandy e Júnior” pode ser facilmente ligado a mim” Foi embora pro extremo sul do país e comigo guardei meu sentimento, arraigado! Firme em meu peito, minha mente, em mim. Nunca te esqueci! Ainda te guardo!

Muita coisa aconteceu, muita mesmo! Vivi, descobri, contei, confessei, segui, perdi, ganhei, fui e voltei, aceitei, converti, desconverti, continuo vivendo e ainda há em mim, pedaços de Sol. Mesmo quando entrei numa de tentar mudar os possíveis objetos do meu amor, o sol me iluminava. Fiz tudo isso, mas continua aqui.

Eu vivo dizendo aqui, no blog, que não podemos adiar a vida. Que esta deve ser vivida
de VERDADE e, no entanto, eu mesmo não o faço. Fico sentado, observando minha vida, de camarote. Como ouvinte, receptor somente. Calo! Cristo me ensinou que a cada dia basta seu mal e que devemos viver o dia, não a semana. Aprendei com os humanistas que devemos aproveitar o dia, pois tudo vai acabar. Cecília me fez perceber que muitas vezes agimos como crianças e ficamos em dúvida sobre o que fazer, mas que não se pode fazer duas coisas ao mesmo tempo; há que se escolher entre isto ou aquilo. Escolho viver, aproveitar o dia e falar! Falar sim. Já falei coisas mais complicadas com diversas pessoas. Por que não posso falar sobre um assunto que conheço desde os meus doze anos? São três palavrinhas: Eu te amo. Simples. É só respirar e dizer. Faço isso desde que tenho dois anos. Falar! Abrir a boca, pronunciar algumas palavras. Isso não mata! Melhor falar, dar a cara. Mergulhar pra ver o que acontece (dica da tia Lya). Mesmo que eu me dê muito mau. Acaba com a dúvida e com as ilusões bestas. Ou quem sabe, não encontro a felicidade que nem mesmo o céu, o mar ou mágico chinês conhecem... Mergulharei!

Confio em Deus
! Pedi a Ele que me desse uma oportunidade, onde eu pudesse dizer o que sinto. Ele me atenderá e eu espero não amarelar! Falarei. Tenho pouca esperança, mas preciso matar uma tal de dúvida que cisma em me perseguir. E seu eu tivesse contado?

Há alguns anos, rolava pela Internet a história (ficcional) de um rapaz portador de uma doença terminal, que era apaixonado pela menina que trabalhava na loja de cd’s. Então ele ia todos os dias comprar cd e sempre pedia a menina que embrulhasse pra presente. Ela, dedicada, fazia lindos embrulhos, todos os dias. Cada dia um mais lindo que o outro. Ele nem mesmo abria os cd’s, chegava em casa e os jogava no armário. E no outro dia a mesma coisa. Um dia ele morreu. Sua mãe arrumando suas coisas encontrou vários embrulhos muito bonitos e resolveu abrir pera ver que cd’s eram aqueles. Encontrou dentro de cada embrulho um bilhete da menina, que declarava seu amor ao rapaz.

Não quero perder a oportunidade de ser feliz ainda em vida!

Obs.: A primeira foto é tirada da capa do livro "A marca de uma lágrima" do autor Pedro Bandeira. Leitura recomendada.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Família!








Sempre me pego questionando a vida. Pensando nela, mas, assim como os filósofos, nunca encontro resposta ou soluções. Indagações e problematizações são tudo o que consigo alcançar. Continuar buscando! Algumas coisas muito me intrigam, a tal da crise existencial vez ou outra me toma de assalto. Fico pensando de onde vim e para onde vou. Mas principalmente me entrego a pensar o presente. O passado já foi e o futuro ainda virá. Vivamos o que "está"! Penso no que fazemos com nossas vidas e no como vivemos em família, onde as pessoas tem os mesmos defeitos que nós (isso é duro demais).
Família, tá aí o assunto do qual vou falar. Vejo famílias sombrias, distantes e nem sei... A família foi instituída por Deus, no extinto Edén? Se foi, as famílias que vemos hoje, não se distanciam do protótipo que foi a primeira. Uma mulher que leva o marido a ruína, um irmão que mata o outro por inveja, ou ciúme - Caim não é de todo um monstro, mas uma criança (interior) ferida! Abel era o favoritinho, né? -, problemas aos quais toda família está sujeita, em maior ou menor grau. Ah, descobri que tudo é tudo em maior ou menor grau. Sou antidogmático até fazer bico! Eva, a pobre não teve sabedoria, fez o marido comer o que não devia. Isso reforça em muito a máxima: "Por trás de todo grande homem, há sempre uma grande mulher." Obrigado Eva! E não estou sendo irônico! Conhecimento! Ia me esquecendo do primeiro divórcio! Lilith deu um pé na bunda de Adão, por isso Eva foi feita! Desde que o mundo é mundo, há divórcios! Primeira família, que grande exemplo de família!
O jantar? Ah, o jantar no Brasil, ou pelo menos em todas as casas em que já estive neste horário sagrado, é acompanhado pela novela das oito da vez. Famílias! Família que conhece de cor a música tema da abertura do folhetim, mas não conhece a filha que, quieta, escreve em seu caderno de versos. Vai do garoto, que passa horas no computador, à mãe, que se esconde atrás dos livros de banca de jornal, sonhando ser raptada por um romântico e forte limpador de piscinas da casa da Barbie. Vai do pai, que só quer assistir ao tele jornal e ao jogo de futebol nas Quartas e Domingos e nos outros momentos precisa descansar, à menina, que de saco cheio do irmão e dos pais, se tranca em seu quarto e, com o rádio alto, repete as rebeldias das músicas que ouve. Uma típica família do século TODOS (em algarismos romanos). Com uns ajustes temporais aqui e ali; podemos encontrar umas diferenças, como computadores e rádios. Mesmo sem essas maravilhas da modernidade, as famílias foram o que são hoje.
O nosso mal é crer que o mundo vai caindo. Morra Baudelaire! De novo? O mundo não caiu pois nunca esteve em pé. Nunca houve Idade do Ouro ou Paraíso! Se houve, fomos destituídos disso tudo muito cedo, tanto que nem dá pra sentir falta. Ah, Freud! O mundo é assim desde que é mundo! Lá em casa tá todo mundo antenadíssimo na história da Isabella - que esteja em paz -, aí minha mãe diz: "Isso é o fim dos tempos!" Mentira! Quando vamos perceber que sempre será o fim dos tempos? Godot? Cadê ele? Meu, pais matam filhos há muito! E filhos matam pais, também! Isso não é novidade o que é novo, ou pelo menos nem tão novo assim, é uma tal de Globalização, que trás tudo o que acontece no mundo pra pertinho da gente. Como se tivesse acontecido alí, na esquina. Como o caso do mexicano que ASSOU o filho de dois MESES no microondas, ou o caso do austríaco maníaco (tive que fazer a riminha idiota), que fez a filha cativa e a possuiu como homem e teve com ela sete filhos! Atrocidades! Mas nada é novo! Nem mesmo essa história de aquecimento global, destruição do mundo. Já aconteceu, se não tivesse acontecido nossos amiguinhos dinossauros ainda estariam aqui pra contar a história e não só as baratas. Como disse uma vez a lenda viva Dercy Gonçalves: "Sacanagem não é novidade, já existia desde os tempos de Sodoma e Gomorra." Concordo, tia Dercy. Deixemos de ser hipócritas e paremos de criticar nosso tempo, como se ele fosse a culminação de todos os males. O que acontece hoje é mais um reflexo de tudo o que aconteceu antes, do que uma novidade, do que um prelúdio da retorno de alguém. Aff. As famílias não decaem, mas mantêm o padrão de sempre, em - e volto a dizer - maior ou menor grau.
O que nos resta fazer, já que tudo isso vem desde antes de nascermos? Sentar e ver tudo assim? Não existia telefone, mas o homem criou; não existia carro, hoje tem! Então, devemos aceitar o fatalismo de que "tem sido assim e assim será" ou faremos algo pra mudar este quadro caótico que se formou desde o instante em que Adão foi feito? Mudar, é claro! Mudar é algo tão bom! Vamos ver nossas relações familiares no brejo enquanto assistimos as idiotices de "Juvenal Antena"? Ô "personagemsinho" nojento! Não podia me furtar o prazer de falar mau dele. Não! O que vamos fazer é levantar, desligar a TV, você sabia que ninguém morre se fizer isso?! Levantar do sofá, Homer Simpson, e ir ver a filha que escreve versos enquanto chora por falta de atenção, ou o filho que está ficando viciado em jogos e com miúpia. Vá comprar flores pra sua mulher pra ela parar de sonhar com o "membro trêmulo de Reginaldo", pra ela ver que a vida dela pode ser como a da Sabrina ou como a da Bianca, que ela tão avidamente lê. Leiam juntos "viva um caso de amor com seu marido"! Deixe o Flamengo e o Batafogo pra lá e saia com sua família! Não gaste muito, vá à praia! Alugue um filme para verem juntos e joguem o "Jogo da Vida" juntos! Discutam! Quebrem o pau. O lugar disso é na família! É sadio quebrar o pau! Saiam do superficial e digam o que os "emputecem". "Poxa, pai, não dá!" "Meu filho, você está demais!" Mas discutam, deixem fluir e não fiquem no superficial! Tá bom, falo como se fosse ótima minha relação familiar, como se minha família fosse a Weasley. Tah, minha mãe até que me lembra a Molly. Vivemos na vida real! Dói saber isso, né? Também dói em mim. Inevitavelmente sou obrigadíssimo a recorrer aos Titãs: "Família, família... família é, família, ah, família!"