terça-feira, 25 de agosto de 2009

Há vida após a morte

Não é um crime se questionar nesta direção. Nós que também não sabemos nada do mar, não saberíamos nada até sobre nós mesmos. O que viria no então desconhecido? Posso atestar: há vida após a morte. Já estive lá e estou eu tentando dar meus primeiros passos no depois de morrer. Tentando renascer e nem cinzas me sobraram. Vou do nada. Ressurgir do nada. O que não me parece ser um ressurgir, mais se mostra como um surgir outra vez como se nunca tivesse surgido antes. Não!, há cinzas das quais surgir novamente. Ficou uns resquícios que me possam valer de alguma coisa.

Minha morte não foi a tradicional. Acho que não estaria mais aqui se tivesse sido. Acontece, na verdade, que o meu filho (leia-se, PC), bateu as botas e não consegui recuperar exatamente a pasta na qual eu guardava o meu modesto legado. Morri!
Mas morrer neste caso se fez algo bom. Morrer representa um fim para um novo começo, para algo novo que vem além daquele grande muro que o menino que caminha, caminhando chega num muro... Futuro. Talvez, mesmo, tenha sido melhor. Para que não mais eu me fiasse nas coisas antigas e daí pra frente produzir o meu novo, que vai se indo nas minhas veias até as pontas de meus dedos. Morrer não representa o fim. Mas exatamente o oposto. Iniciar. Um começo tão bom e tão avançado que já estou no Windows 7. Só de começo, o meu novo começo já se fez apoteótico. Nem há o que chorar. Remoo alguns textos queridos que se foram para o além que não sei como encontrar. Talvez eu contrate a Polícia Federal para achar. Em nome do que eu considero minha arte, posso até dizer que me envolvi com pornografia infantil, só para a Anjo da Guarda vir xeretar no meu pc qualquer arquivo. Dizem que eles encontram mesmo depois do shift-del.
Acho que não. Vou curtir a vida, como a vida deve ser após a morte. Nesta minha reencarnação, não me cabe saber o que vivi em vidas outras. Basta que eu siga sendo o novo que o destino, acaso, ou o que for, tenha me imputado. Lá vou eu.
P.s.: Pra provar a o renascimento: uma pintura minha (Eu Fawkes), pintado no Paint do Windows 7.